Você já reparou quantas utopias acontecem em Floripa? Quantas experiências conectam pessoas e oferecem jeitos alternativos de suprir necessidades, de atender as demandas, movimentar serviços, criar relações e trocas? A Ilha está cheia de atividades, de movimentos, de redes, de coletivos, de possibilidades, de coisas interessantes acontecendo – outras formas de produzir, de organizar a sociedade, de mover-se, de informar, de educar, de criar e circular arte e cultura, de gerir a saúde, de alimentar-se…
Que cidade se cria a partir das experiências utópicas que nela ocorrem? E se essas experiências se encontrarem e se interligarem, formando uma rede, de que modo isso pode impactar e transformar a vida na cidade? Essa é uma curiosidade que impulsiona o Laboratório da Utopia. Temos intenção de articular os coletivos existentes que propõem alternativas ao modelo dominante. Visamos promover a cooperação e entrelaçar as linhas de continuidade entre as experiências para que as suas potências transformadoras se intensifiquem, juntas.
Tecer a rede, aumentar a densidade da rede, formar uma teia na qual as experiências se sustentem mutuamente através de suas próprias alianças umas com as outras. A cidade que queremos experienciar supera a fragmentação, a separação, a individualização, a desigualdade, a competitividade, a privação, e vai rumo ao pensar-fazer coletivo, à solidariedade, à cooperação, à partilha, pela incorporação de alternativas que trabalham com as possibilidades que florescem a partir de um espaço-tempo contínuo: o aqui-agora.